A Literatura das minorias sob a pena de um triste visionário

Autores/as

  • Maria Betânia da Rocha de Oliveira Universidade Estadual de Alagoas, Brasil https://orcid.org/0000-0002-9862-2857
  • Maria Carolina da Silva Universidade Estadual de Alagoas, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.48017/dj.v9i3.3092

Palabras clave:

Lima Barreto, Violência

Resumen

Este artigo objetiva estudar a obra de Lima Barreto (1881-1922), cuja produção se encontra associada ao período Pré-Modernista da literatura brasileira, consideradas fundamentais para o estudo da narrativa moderna, pois ele registrou a realidade política, social e cultural da sociedade. Nessa perspectiva, investigamos quais são os fatores literários que, aliados aos fatores da realidade histórica nacional, fizeram com que sua produção chegasse até nós tão atualizados. Barreto escrevia sobre as problemáticas do homem e da mulher em um país, cujos governantes se voltavam cada vez mais aos interesses dos que dominavam pela força e cada vez menos para os interesses do povo – as minorias: negros, indígenas, mulheres e todos que se encontravam à margem de uma sociedade capitalista e excludente. Priorizamos ler o Brasil de Barreto, tomando como embasamento teórico o Materialismo Lacaniano proposto por Slavoj Žižek (2010, 2014), cuja finalidade é estabelecer os pontos em que os fatos narrados se aproximam e se distanciam histórica e socialmente. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica e qualitativa, por isso, buscou, na análise da estrutura do romance, estudar as formas da violência sistêmica que marcam/marcaram essas minorias e discutir a literatura como representação do homem em dada sociedade e época. Um dos aspectos mais significativos da obra de Lima Barreto é sua relevância contínua. As questões que ele abordou, como racismo, desigualdade social e exclusão, permanecem atuais e ressoam no Brasil contemporâneo.

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Biografía del autor/a

Maria Betânia da Rocha de Oliveira, Universidade Estadual de Alagoas, Brasil

 0000-0002-9862-2857; Professora Titular da Universidade Estadual de Alagoas/UNEAL-Campus IV. São Miguel dos Campos, Alagoas (AL), Brasil. Email: mariabetania.oliveira@uneal.edu.br.

Maria Carolina da Silva, Universidade Estadual de Alagoas, Brasil

0009-0008-0099-5120; Licencianda do Curso de Letras Português da Universidade Estadual de Alagoas/UNEAL-Campus IV. Bolsista do FAPEAL/UNEAL – Brasil. São Miguel dos Campos, Alagoas (AL), Brasil. Email: mariacarolina.silva.2021@alunos.uneal.edu.br

Citas

Barreto, L. (1996). Triste fim de Policarpo Quaresma. (15ª ed.). Ática.

Barreto, L. (2017). O destino da literatura. In: RESENDE, B. (Org.). Lima Barreto:Impressões de Leitura e outros textos críticos. Penguin Classics Companhia das Letras, pp.265-282.

Candido, A. (2000). Literatura e sociedade. (8ª ed.). T. A. Queirós; Publifolha; Cia. Ed. Nacional (Grandes nomes do pensamento brasileiro).

Ginzburg, J. (2017). Crítica em tempo de violência. (2ª ed.). Editora da Universidade de São Paulo, FAPESP.

Schwarcz, L. M. (2017). Lima Barreto: triste visionário. Companhia das Letras.

Sevcenko, N. (1985). Literatura como missão: tensões sociais e criação cultural na Primeira República. (2ª ed.). Companhia das Letras.

Žižek, S. (2010). Como ler Lacan. Tradução Maria Luzia X. de A. Borges. Zahar.

Žižek, S. (2014). Violência: seis reflexões laterais. Boitempo.

Publicado

2024-09-13

Cómo citar

da Rocha de Oliveira, M. B., & Silva, M. C. da. (2024). A Literatura das minorias sob a pena de um triste visionário . Diversitas Journal, 9(3). https://doi.org/10.48017/dj.v9i3.3092